Mesmo com resultado do processo previsto para o final de maio, a comunidade da Ucsal, composta por alunos, professores, comunidade externa e egressos, já celebra o feito
Foto: Divulgação/Reprodução
A Universidade Católica do Salvador (Ucsal) está mais perto de concretizar o objetivo de ofertar o curso de medicina no município Camaçari. Isso porque a tradicional instituição de ensino baiana acaba de avançar para a segunda etapa do edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC), de chamamento público para a seleção de propostas para autorização de funcionamento de cursos de medicina em todo o país, no âmbito do Programa Mais Médicos.
No último dia 31, a Ucsal figurou na lista de instituições habilitadas pelo governo do federal, após análises de admissibilidade e da capacidade econômico-financeira da mantenedora, que no caso é a Associação Universitária e Cultural da Bahia. Os próximos passos, de acordo com o edital, são a análise de mérito do projeto e a experiência regulatória da mantenedora.
Mesmo com resultado do processo previsto para o final de maio, a comunidade da Ucsal, composta por alunos, professores, comunidade externa e egressos, já celebra o feito. “Foi um movimento muito bonito, de grande expectativa, mas, sobretudo, de vida comunitária, de pessoas que estão em sintonia, torcendo pela universidade”, revelou o reitor da instituição, Deivid Lorenzo, referindo-se à repercussão do vídeo em que anunciou a habilitação da instituição na primeira etapa eliminatória prevista no edital do MEC.
“Nós ainda passaremos por outras etapas. A próxima irá avaliar o nosso projeto. No entanto, já é razão para celebrarmos, para festejarmos esta grande conquista, que, em verdade, espelha todo o reconhecimento, todo o trabalho realizado por tantas mãos, por tantas vidas dentro de nossa comunidade, que edificam o selo de excelência da Universidade Católica de Salvador”, afirma.
Lorenzo destaca a iniciativa do governo federal em que se refere a entender a necessidade de interiorização da formação médica, de ser ofertada nos locais onde, segundo ele, a população sente suas dores, suas inquietações. “Ter, na própria cidade, pessoas que se consagrem a esse estudo e se sagrem como profissionais, garante que já estejam ali, com suas raízes fincadas. Então, é muito significativo”, complementa o professor.
Neste sentido, a instituição pretende, com a possível autorização do curso de Medicina, futuramente expandir a oferta em Camaçari para outras formações superiores que já estão no portfólio de cursos da Ucsal na capital baiana, como educação física, biomedicina, nutrição, psicologia, enfermagem e fisioterapia. “A universidade entendeu que era o momento de se habilitar, de assumir esse desafio. A Ucsal é uma instituição que tem 63 anos de existência, é a segunda mais antiga como universidade no estado da Bahia, e que tem toda a trajetória de excelência acadêmica nos mais diversos segmentos, inclusive, no âmbito das ciências da saúde”, informa.
A gestão da instituição acredita no potencial de aprovação, alinhados aos critérios estabelecidos pelo edital do MEC, destacando a tradição, a excelência acadêmica e o alinhamento da estratégia institucional com o projeto do poder público, de interiorização da formação de saúde. “Somos uma instituição
filantrópica comprometida seriamente com a educação, fazemos a educação pela educação, por acreditarmos nisso. Já festejamos esse primeiro momento, um momento muito significativo, uma etapa eliminatória. Então, a gente logrou o êxito e estamos seguindo na concorrência, ansiosos, depositando todos os esforços para que na segunda etapa e até o final deste processo, a gente continue a ter o êxito que a Universidade merece”, completa o reitor.
O início das atividades do curso de medicina de que trata o edital MEC nº 1/2023 deverá ocorrer no prazo mínimo de três meses e no prazo máximo de 12 meses da publicação do ato autorizativo do curso. Ainda de acordo com o Ministério da Educação, a publicação do respectivo ato de autorização do curso e de credenciamento institucional ou de campus fora de sede, quando for o caso, é condição necessária para o início da oferta do curso, o que consiste no efetivo início das aulas.
