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Rui volta a enfrentar críticas da nova cúpula do Centrão

NA Câmara dos Deputados, é visto que Rui tinha um canal de diálogo mais fluido com o ex-presidente Arthur Lira

 

 

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

Sob nova direção no Congresso, integrantes do Centrão buscam aproveitar as discussões sobre a reforma ministerial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para desgastar a imagem de um dos principais ministros, o chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, embora a possibilidade de saída de Rui seja considerada remota, o bloco político busca mudanças na sua relação com os parlamentares.

Na Câmara dos Deputados, por exemplo, é visto que Rui tinha um canal de diálogo mais fluido com o ex-presidente Arthur Lira (PP-AL), mas desde que Lira rompeu com o atual responsável pelas articulações políticas, Alexandre Padilha (Relações Institucionais), a situação mudou.

Aliados do ministro ouvidos pela Folha afirmam que essa conexão não se repetirá com o recém-eleito presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). No Senado, também há insatisfação com o trabalho de Rui, especialmente após os impasses sobre o pagamento de emendas parlamentares no final de 2024.

Alguns membros do Centrão afirmam que o governo só resolverá seus problemas de coordenação política se Rui deixar a Casa Civil. Um nome importante do grupo sugeriu até que o ministro fosse deslocado para a Petrobras, sendo substituído por uma figura como a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Elogiado

Por outro lado, conforme a publicação do jornal, Fernando Haddad é amplamente elogiado pela cúpula do Congresso, que considera Rui Costa como um protagonista de frequentes disputas políticas com o chefe da equipe econômica. O Centrão, inclusive, acredita que Rui teria tentado sabotar Haddad em algumas situações. Ainda segundo a Folha de São Paulo, porém, Rui é bem avaliado por Lula e é considerado uma peça central para o funcionamento do governo.

Os atritos entre o Centrão e o ministro começaram a ganhar força em meados de 2024 e se intensificaram no final do ano. Em agosto, durante uma reunião no Supremo Tribunal Federal (STF) com representantes dos três Poderes para discutir emendas, houve um momento de tensão entre Lira e Rui Costa.

Segundo relatos, o ministro usou o termo “rachadinha” para descrever a partilha de emendas de bancada. Ainda que a declaração não tenha abalado definitivamente a relação dos dois, Lira reagiu e afirmou de maneira contundente que rejeitava o uso da expressão para tratar do tema. Por sua atuação na reunião, Rui ficou caracterizado como um opositor dos interesses do Congresso na execução orçamentária.

 

 

 

 

Tribuna da Bahia