O PT fez ontem uma reunião para tentar apaziguar as tensões internas antes da eleição para a primeira vice-presidência da Assembleia
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O Partido dos Trabalhadores (PT) fez ontem uma reunião para tentar apaziguar as tensões internas antes da eleição para a primeira vice-presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), marcada para hoje. O encontro foi convocado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) para evitar que divergências dentro da legenda afetem o pleito.
A disputa para a vaga de primeira vice-presidente da ALBA ganhou destaque após o nome da deputada estadual Fátima Nunes (PT) ser indicado, com base na proporcionalidade, para o cargo. A escolha de Fátima aconteceu após a presidência da Casa ser assumida por Ivana Bastos (PSD), e o PT já havia discutido a divisão de espaços na Mesa Diretora.
A candidatura de Fátima Nunes foi oficializada no Diário Oficial da Assembleia na última quinta-feira, após o deputado Júnior Muniz (PT) ter colocado seu nome à disposição. Contudo, o nome de Fátima não foi fruto de uma decisão unânime dentro do partido, gerando desconforto em algumas alas da legenda. O PT buscou resolver a situação e evitar que as divergências interferissem no andamento da eleição.
O líder do governo na ALBA, deputado Rosemberg Pinto (PT), também falou sobre o processo de escolha do nome de Fátima, destacando que a decisão foi tomada por meio de uma reunião interna do partido, que não contou com a participação de Júnior Muniz. “O PT e a Federação (PT, PV, PCdoB) definiram o nome de Fátima Nunes para o cargo. O Júnior Muniz colocou seu nome à disposição, mas não esteve presente na reunião que definiu a candidatura”, explicou Rosemberg.
Ele enfatizou que, apesar das divergências, não há risco de racha dentro do PT. “Não existe fissura dentro do partido. Já conversei com o deputado Júnior Muniz e com a deputada Fátima Nunes. Estamos trabalhando para encontrar uma solução que atenda a todos”, afirmou o deputado.
A eleição, que estava inicialmente agendada para a última quarta-feira, foi adiada pela presidente da ALBA, Ivana Bastos (PSD), devido ao impasse interno.
2026
Com o PT Bahia empenhado em trabalhar para reeleger o governador Jerônimo e o presidente Lula em 2026, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Éden Valadares, defendeu que a forma de o partido e as gestões petistas de dialogar, apresentar seus avanços, melhorias e propostas para a população precisa estar em conformidade com as mudanças na comunicação, cujo debate na atualidade está majoritariamente concentrado nas redes sociais. A declaração foi feita, nesta segunda-feira (31), em entrevista à TV Band Bahia.
“Penso, um resumo da minha opinião há muito tempo, que nós chegamos em Brasília nesse governo Lula 3.0, não com a cabeça de 2023, mas com a cabeça de 2003, sobretudo na comunicação. E aí houve uma tentativa de copiar e colar o que a gente fez, de comunicação com o público, de diálogo com o cidadão, de diálogo com o povo brasileiro de 20 anos atrás, e as coisas mudaram demais. A forma de se comunicar não é a mesma de 2003, por isso defendemos a renovação”, afirmou o presidente.
Tribuna da Bahia
