Com o novo aumento, o custo de vida na capital volta a ser motivo de preocupação para quem depende do carro como ferramenta de trabalho ou de locomoção
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
Os soteropolitanos que dependem do carro para trabalhar ou estudar foram surpreendidos, mais uma vez neste ano, com o aumento no preço da gasolina em Salvador. A alta foi percebida em diversos postos da capital baiana, onde os valores já estão impactando a rotina de quem precisa do veículo diariamente.
A equipe da Tribuna da Bahia percorreu alguns postos e encontrou o litro da gasolina comum sendo vendido por R$ 6,33 — mesmo valor da gasolina aditivada. O etanol foi encontrado por R$ 4,83, enquanto o diesel S10 está custando R$ 5,83.
Fabrício Freitas, motorista por aplicativo, lamentou mais um reajuste no preço do combustível. “Toda vez a gente é surpreendido assim, só que as plataformas não alteram a porcentagem que ganhamos por cada corrida de acordo com o aumento”, disse. Ele também cobrou mais transparência: “Acredito que deveria ter um acordo, uma ciência prévia para quem usa carro diariamente, porque todo mundo tem conta para pagar e o dinheiro de quem precisa trabalhar é quase sempre contado.”
A administradora da Refinaria Mataripe, a Acelen, afirmou que não houve reajuste nos preços para as distribuidoras nas duas últimas semanas. Já o Sindicombustíveis Bahia, que representa os revendedores, esclareceu que o mercado de combustíveis é livre e competitivo, cabendo a cada posto decidir se repassa ou não os reajustes ao consumidor.
“O sindicato reafirma que não interfere no mercado e respeita a livre concorrência”, informou a entidade, ressaltando ainda que os postos não compram os combustíveis diretamente da refinaria, e sim das distribuidoras.
Para Maria Lúcia, que utiliza o carro diariamente para trabalhar, a alta tem pesado no orçamento. “Acho um absurdo. Mesmo que sejam centavos, no final do mês isso vira um valor considerável. Aumenta tudo, só não o salário”, desabafou.
Com o novo aumento, o custo de vida na capital volta a ser motivo de preocupação para quem depende do carro como ferramenta de trabalho ou de locomoção.
Fonte: Tribuna da Bahia