O presidente estadual do PSD, Otto Alencar, anunciou que o partido fechou questão em torno da indicação de Adolfo Menezes
Foto: Assessoria / Senado
O presidente estadual do PSD, Otto Alencar, anunciou que o partido fechou questão em torno da indicação de Adolfo Menezes para disputar um terceiro mandato à frente da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O comunicado foi feito após uma reunião realizada na sede do partido, em Salvador.
“Por unanimidade, a bancada decidiu pelo nome de Adolfo Menezes como o candidato do PSD à presidência da Assembleia. A reeleição dele, que nós aqui concordamos tranquilamente”, declarou Otto durante coletiva de imprensa. Ele também reforçou a necessidade de respeitar a proporcionalidade entre os partidos na composição da Mesa Diretora, uma postura que, segundo ele, tem defendido ao longo de sua trajetória política.
A definição ocorre a poucos dias da eleição da Mesa Diretora, marcada para 3 de fevereiro, que irá determinar os rumos da Casa Legislativa para o biênio 2025-2027. Apesar da aposta no nome de Adolfo Menezes, o cenário é marcado por incertezas, já que o deputado pode ser impedido de reassumir a presidência por uma eventual decisão contrária do Supremo Tribunal Federal (STF).
Contratempos
Antecipando possíveis contratempos, o PSD busca aprovar uma mudança no regimento interno da Alba que obrigue a convocação imediata de uma nova eleição caso o presidente seja afastado. Atualmente, não há prazo definido para essa convocação, o que permite ao 1º vice-presidente exercer o cargo de forma interina por tempo indeterminado.
No cenário atual, o deputado Rosemberg Pinto (PT) é o nome indicado por sua legenda para ocupar a 1ª vice-presidência a partir de 2025. Caso Adolfo Menezes e Rosemberg sejam eleitos para os respectivos cargos e o regimento interno não seja alterado, o petista poderá assumir automaticamente o comando da Casa em caso de impedimento de Menezes.
Essa possibilidade levou o PSD a cogitar a disputa direta com o PT pela 1ª vice-presidência, caso a mudança no regimento interno não seja aprovada até o dia da eleição. Os próximos dias serão decisivos para garantir a estabilidade e os interesses do partido.
Caso Adolfo seja realmente impedido, o plano B seria indicar o nome de Angelo Coronel Filho para o seu lugar. A articulação serviria, inclusive, para acalmar os ânimos do senador Angelo Coronel, que deve ser limado da chapa majoritária de Jerônimo em 2026 por falta de espaço.
Tribuna da Bahia