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Livros usados são alternativa para pais economizarem com materiais escolares

Este ano, Rosa dos Santos já comemora a compra de um livro paradidático para a sua filha por R$ 20,00, quando o valor do mesmo produto novo é de, em média, R$ 80,00

 

Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

 

Os livros escolares são grandes vilões do orçamento doméstico, principalmente, para aquelas famílias que têm vários filhos nas escolas particulares. Neste caso, os sebos têm sido uma opção para garantir economia, com obras que chegam a custar 70% menos do que exemplares novos.

Este ano, Rosa dos Santos já comemora a compra de um livro paradidático para a sua filha por R$ 20,00, quando o valor do mesmo produto novo é de, em média, R$ 80,00. “Foi bem mais barato e o livro está bem conservado”, acrescenta a dona de casa.

Segundo Tatiana Queiroz, proprietária do Cantinho do Sebo, atualmente, com a entrada de módulos nas escolas, o foco vem sendo os livros paradidáticos, usados nas cirandas escolares das crianças. “Os didáticos estamos vendendo mais para outros estados, através da Estante Virtual”, conta.

A economia para quem adquire os livros nos sebos varia de 50% a 70%. O empresário João Brandão, também destaca a alta demanda por paradidáticos e pontua que, no Sebo Brandão, a procura por livros didáticos no estabelecimento é geralmente baixa, uma vez que a cada ano ocorre a atualização dos materiais.

“Ao optar pelo sebo, os familiares conseguem economizar até 50% em relação aos preços encontrados em livrarias, o que representa uma economia significativa. Os familiares geralmente buscam livros voltados para o público do Ensino Fundamental I. A coleção “Para Gostar de Ler” é especialmente procurada, assim como outras obras clássicas da literatura infantojuvenil”, revela Brandão.

Conforme o consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), Guilherme Dietze, dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelam que o peso de caderno, artigo de papelaria e livro didático corresponde a 0,71, que é similar a outros tipos de consumo, como a compra de roupa infantil das famílias em Salvador, frango, gasto com dentista. Segundo ele, é um percentual relevante quando comparado a itens importantes também do orçamento.

“E esse momento é uma busca frenética das famílias para poder fazer as suas compras. E eu acho que o Sebo é uma alternativa. Evidentemente, a família tem que olhar se tem uma boa qualidade, porque chega nesse início do ano, além de ter todas as contas para pagar (IPVA, IPTU, etc.), você tem uma inflação um pouquinho mais forte de alimentos, de carnes, café, frutas, leite, derivados”, explica.

Conforme Dietze, as famílias não têm, neste período, um orçamento tão aberto para você fazer uma compra muito ampla, no segmento de material escolar. “A grande questão é que é uma diferenciação de preço muito grande de uma loja para outra”, alerta, se referindo a itens com imagens de desenho animado, que costumam custar muito mais caro pelo licenciamento.

O especialista, portanto, dá dicas para as famílias: não levar o filho para comprar, porque senão ele vai querer tudo e você vai acabar gastando mais do que imagina; pesquisar preços na internet; além de optar pelos sebos, pois a reutilização é uma questão cultural. “São medidas que você pode estar fazendo para poder, tanto amenizar os custos, quanto ajudar ali mesmo esse hábito da reutilização, dessa cadeia que eles chamam de economia circular, para você ter outras pessoas aproveitando o material, com preço menor”, complementa.

 

 

Tribuna da Bahia