Ponto de Vista O seu portal de notícias

Líder do PT minimiza chances de votação de projetos contra aumento no IOF

Deputados da oposição apresentaram ao menos 17 projetos para derrubar reajuste do tributo anunciado pelo governo federal

 

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

 

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), minimizou nesta segunda-feira (26) as chances de aprovação de projetos para derrubar o decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), editado pelo governo federal na última semana.

Desde o dia 22 de maio, 17 projetos de decreto legislativo (PDLs) sobre o tema foram protocolados na Câmara. A maior parte é de autoria de partidos de oposição, como o PL e o Novo.

“Tenho convicção que a chance de um PDL ser pautado, votado e aprovado é perto de zero”, afirmou Lindbergh nesta segunda-feira.

Ainda segundo o líder, a apresentação de PDLs é um instrumento legítimo da oposição. No entanto, o deputado afirmou que um texto sobre este assunto “não deve ser votado a toque de caixa”.

“A oposição apresentar PDL é papel da oposição. Sempre tenho visto que a oposição gosta de cortar, mas sempre quer cortar de saúde, educação, programas sociais, querem mexer no bolsa família. Isso a gente não aceita. Se quiserem mexer no IOF, tem que ter uma fonte alternativa de receitas”, disse o líder.

Mais cedo, em publicação nas redes sociais, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) afirmou que o Executivo não pode “gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar”. “O Brasil não precisa de mais imposto”, escreveu no X (antigo Twitter).

Mudanças no IOF

Na semana passada, o Ministério da Fazenda editou um decreto que criava uma alíquota do Imposto sobre Operações Financeira (IOF) para “operações de câmbio, de transferências do e para o exterior, relativas a aplicações de fundos de investimento no mercado internacional”.

Com a repercussão negativa do mercado, o governo decidiu revogar o trecho sobre investimento de fundos nacionais em ativos no exterior.

No entanto, outras mudanças permanecem válidas, como a unificação da alíquota em 3,5% para todas as remessas e pagamentos no exterior, como compras em sites internacionais, saques em viagens, carregamento de cartões pré-pagos e serviços como Google Drive, iCloud e licenças de software.

Segundo o Ministério da Fazenda, as medidas fazem parte de um esforço para elevar a arrecadação, com estimativa de aumento de até R$ 18 bilhões em 2025. Para equilibrar as contas, a equipe econômica também anunciou um congelamento de R$ 31,3 bilhões nos cofres públicos.

Fonte: CNN Brasil