Nesta segunda-feira (14), são esperados 5.2mm de chuva na capital baiana e amanhã, não chove
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O último final de semana foi de chuva na capital baiana e em diversas cidades do interior do estado. Neste domingo, até às 14 horas, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) havia registrado 13 ocorrências, dentre elas, três ameaças de desabamento de imóveis e três deslizamentos de terra; além da com maior acumulado de chuvas em 24 horas, nos bairros de Plataforma (40mm), Cassange (38,6mm) e Mirante de Periperi (34,8mm).
Por conta das condições adversas de navegação, com ventos fortes e mar agitado na Baía de Todos os Santos, a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), por recomendação da Capitania dos Portos, suspendeu as operações da Travessia Salvador-Mar Grande na manhã de ontem. Esse também foi o motivo da suspensão da Travessia Salvador-Morro de São Paulo, que passou a ocorrer com conexão na cidade de Itaparica.
Com a medida, os catamarãs saíram de Salvador (Terminal Náutico da Bahia), atracaram em Itaparica, de onde os passageiros seguiram em ônibus dos operadores até a Ponta do Curral (Valença) e fizeram a travessia em lanchas até o Morro. Segundo a Astramab, a mudança representa uma hora a mais de trajeto, em relação à viagem direta.
Conforme a Climatempo, após um domingo em que a previsão de chuva foi de 20.3mm para Salvador, com chuva passageira durante o dia, o tempo deve ficar mais firme ao longo da semana. Nesta segunda-feira (14), são esperados 5.2mm de chuva na capital baiana e amanhã, não chove.
No interior da Bahia, algumas cidades enfrentaram temporais e contabilizaram estragos. Dados da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) apontam que Camacã registrou acumulado de 80mm em 30 minutos, o que desencadeou em pontos de alagamentos em vias públicas e residências com danos estruturais.
No município, 37 famílias ficaram desalojadas no momento do evento, mas retornaram às suas casas ainda neste domingo. O órgão estadual informou ainda que as seguintes cidades relataram chuvas sem danos estruturais e humanos: Itororó, Tanhaçu, Luís Eduardo Magalhães, Tanque Novo, Ibipeba, Quijingue, Boa Vista do Tupim, Caetité, Curaça, Itiúba, Novo Horizonte, Monte Santo, Irecê, São Gabriel, Mirangaba, Caem e Pindobaçu.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou alerta amarelo, de aviso de perigo potencial, com previsão de chuva entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, ventos intensos (40-60 km/h). Conforme comunicado, que pode vir a ser prorrogado, 328 municípios baianos podem registrar chuvas intensas até às 10h desta segunda-feira.
Apesar do baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas no estado, o Inmet divulgou algumas recomendações. São elas: em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda; evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada; e obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).
Condição climática deve favorecer culturas agrícolas
Desde a última sexta-feira (11), o avanço das chuvas, que estavam concentradas no Sul da Bahia, para o interior da Região Nordeste, foi previsto pelo Inmet. De acordo com a meteorologista Morgana Almeida, a condição climática se deu pela mudança no padrão atmosférico com a passagem de um sistema frontal no oceano que vai contribuir para o aumento da umidade na região até amanhã (15).
Conforme o instituto, os maiores volumes de chuvas estavam previstos para atingir a fronteira agrícola do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Apesar de alertar que a previsão ainda inspirava muita atenção em solo baiano e no litoral de Sergipe, com as chuvas persistindo no último final de semana em áreas como o Recôncavo Baiano e Salvador, o Inmet ressaltou que a previsão de chuvas significativas no interior do Nordeste era aguardada com expectativa, visto que uma ampla área da região registrou déficit nos meses do verão.
Com isso, a condição climática tende a favorecer culturas agrícolas no sudoeste do Piauí e oeste da Bahia. As regiões ainda estariam enquadradas na condição de restrição hídrica, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Tribuna da Bahia
