O deputado estadual Hilton Coelho anunciou que o seu partido, o PSOL, terá uma candidatura própria ao governo da Bahia
Foto: AscomALBA/AgênciaALBA
O deputado estadual Hilton Coelho anunciou que o seu partido, o PSOL, terá uma candidatura própria ao governo da Bahia nas eleições de 2026. A decisão, segundo ele, é fruto de uma análise crítica do atual governo de Jerônimo Rodrigues (PT), do qual o PSOL fez parte por nove meses.
Dentre os possíveis nomes para a disputa, além do próprio Hilton Coelho, estão: Kleber Rosa, que foi candidato ao governo em 2022 e à Prefeitura de Salvador em 2024, Tâmara Azevedo, que disputou o Senado, Dona Mira, que foi candidata a vice-prefeita de Salvador, além dos vereadores de Salvador Hamilton Assis e Eliete Paraguaçu.
“Com certeza o PSOL vai ter candidatura própria. Isso parte de uma leitura que nós temos sobre o que vem sendo o governo Jerônimo”, afirmou Hilton, em entrevista ao site Política Livre.
Na ocasião, Hilton ressaltou que, embora o PSOL tenha inicialmente integrado o conselho político da gestão, suas propostas não foram aceitas pelo governador. “O PSOL tomou a posição de retirada de seus militantes desse conselho. Então, não assumimos cargo formalmente no governo, apenas tivemos um papel de tentar contribuir com o conteúdo, com as posições do PSOL e percebemos que não houve repercussão, não houve adesão por parte do governo Jerônimo”, justificou.
Avaliação
Hilton Coelho também fez críticas à condução do governo do Estado na área de segurança pública, onde, segundo ele, há uma “opção política” pelo enfrentamento “em detrimento do modelo da investigação, que ao nosso ver deve ser um modelo tentado, ao lado de políticas sociais que tenham realmente investimentos na casa de bilhões. Sem esses investimentos não será possível mudar essa trajetória”.
As críticas do PSOL se estendem, ainda, à agenda ambiental, à educação e ao trato com os servidores públicos. Esta semana, o psolista protocolou um projeto de lei propondo o fim da escala 6×1 e a redução da jornada de trabalho para 32 horas semanais para servidores estaduais e trabalhadores contratados pelo poder público.
“A questão ambiental para nós é muito cara também. O problema da educação na Bahia é muito problemático e a privatização da saúde, além da relação com o serviço público em geral. Ao nosso ver, existe um problema muito grave na Bahia, a necessidade que nós temos de serviços públicos que sejam de qualidade, que garantam dignidade para o nosso povo”, apontou Hilton Coelho.
“Isso não vai acontecer com uma posição, ao meu ver, autoritária, desrespeitosa, que infelizmente continua sendo adotada, talvez numa intensidade um pouco menor, mas ainda vem sendo adotado pelo governador Jerônimo. Acho que tudo isso retira as bases programáticas para uma composição no primeiro turno”, completou o deputado estadual.
Tribuna da Bahia