“Foi a primeira vez que fizemos uma carta direcionada sobre o teto, mas fizemos outros contatos sobre o convento”
Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia
O guardião e diretor da Igreja de São Francisco de Assis, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, acompanhou parte dos trabalhos das polícias na manhã de ontem. Em conversa com a imprensa, ele disse não ter notado que as rachaduras descritas no documento para o IPHAN apresentavam tamanha gravidade.
Segundo ele, quem percebeu as fissuras foram trabalhadores. Tão logo isso foi informado, tratou de notificar o Iphan solicitando uma vistoria técnica que deveria acontecer ontem. Por não ter noção do risco, a Defesa Civil de Salvador não foi notificada.
“Somos leigos sobre estrutura, não tínhamos condição de dizer que aquela fissura era motivo de desabamento. Foi a primeira vez que fizemos uma carta direcionada sobre o teto, mas fizemos outros contatos sobre o convento”, disse.
Já o Frei Rogério Lopes pediu orações às vítimas e demonstrou solidariedade à família de Giulia Panchoni Righetto, 26 anos, morta na tragédia.
“Nos solidarizamos com as vítimas e com a família da jovem. O maior patrimônio que temos é a vida. Nos colocamos à disposição de todas as autoridades para colaborar. Estamos sofrendo nesse momento, pois esse convento é um patrimônio cultural, mas também é nossa casa. Estamos vivendo um momento de luto”.
Tribuna da Bahia