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Energia elétrica e café moído aceleram alta da prévia da inflação de fevereiro

O grupo apresentou a maior alta mensal em quase 22 anos, desde maio de 2003 (4,62%), após ter tido, em janeiro, a maior queda da série histórica (-3,18%)

 

Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

 

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês de fevereiro, divulgado nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta o maior resultado para a Região Metropolitana de Salvador desde novembro de 2021 e o maior para um mês de fevereiro em 9 anos. Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram altas, liderados pela habitação (4,18%), segundo maior em aumento de preços e principal responsável pela pressão inflacionária na prévia de fevereiro, na RMS.

O grupo apresentou a maior alta mensal em quase 22 anos, desde maio de 2003 (4,62%), após ter tido, em janeiro, a maior queda da série histórica (-3,18%). Neste cenário, o resultado foi puxado, principalmente, pela energia elétrica residencial (14,49%), item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária no mês na região, após ter tido importante queda em janeiro (-13,40%).

Já o grupo alimentação e bebidas (1,95%), apresentou a terceira maior alta no mês, mas, por ter o maior peso no consumo das famílias, exerceu a segunda maior pressão inflacionária na RMS deste mês. Segundo o IBGE, esta foi a maior alta mensal da alimentação na região em quase três anos, desde abril de 2022 (2,02%).

O aumento médio de preços se deu, principalmente, pela alimentação no domicílio (2,22%), com o café moído (19,30%) sendo o item que mais puxou o índice do grupo para cima. Além disso, tubérculos, raízes e legumes (9,85%), como tomate (17,05%), cebola (17,79%) e cenoura (28,81%, item com o maior aumento dentre todos os pesquisados), apresentaram importantes altas.

O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de janeiro e 12 de fevereiro. Segundo o IBGE, o índice da RMS aumentou bem mais em fevereiro (1,36%) do que em janeiro (0,28%), ficando acima do índice nacional (1,23%) e sendo o terceiro mais alto dentre os 11 locais pesquisados pelo instituto, abaixo apenas de Recife/PE (1,49%) e Belém/PA (1,39%).

Com esse resultado, ainda conforme o IBGE, o IPCA-15 da RMS acumula alta de 1,64% nos dois primeiros meses de 2025, está acima do registrado no Brasil como um todo (1,34%) e é o mais alto entre os 11 locais investigados separadamente. Já no acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro, o índice da RMS está em 5,07% e é o 4º maior do país, também acima do indicador nacional (4,96%), ficando abaixo apenas dos verificados na RM Belo Horizonte/MG (5,67%) e nos municípios de Brasília/DF (5,33%) e Goiânia/GO (5,09%).

 

 

 

 

Tribuna da Bahia