Pesquisa Genial/Quaest mostra que 56% desaprovam governo Lula. Em janeiro, taxa de desaprovação era de 49%
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A desaprovação ao governo Lula cresceu sete pontos percentuais desde janeiro. Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada ontem, 56% dos brasileiros desaprovam o governo, contra 41% que aprovam. Em janeiro, a desaprovação era de 49%.
Para 53% dos eleitores ouvidos, este mandato de Lula é pior que os dois anteriores e, para 43%, é pior que o governo Bolsonaro. Para 39%, é melhor.
Um dado interessante dessa pesquisa — péssima para o governo — diz respeito à expectativa dos eleitores. Para 81%, Lula deverá fazer um governo diferente nesses dois últimos anos.
Mais da metade dos brasileiros (56%) acredita que o Brasil está na direção errada, contra 36% que consideram que ele está no caminho certo.
Essa desaprovação se dá em meio a um sentimento de piora nos índices econômicos que afetam diretamente o dia a dia dos brasileiros.
Para 56%, a economia piorou e, para 53%, está mais difícil arranjar um emprego hoje do que um ano atrás.
Quaest: violência se descola de questões sociais
A violência se descolou das questões sociais e se isolou como a maior preocupação dos brasileiros, segundo pesquisa Quaest divulgada ontem.
Veja os números:
- Violência: 29%;
- Questões sociais: 23%;
- Economia: 19%;
- Saúde: 12%;
- Corrupção: 10%;
- Educação: 7%.
Na pesquisa anterior, divulgada em janeiro, a violência aparecia empatada tecnicamente com questões sociais — categoria que engloba fome, pobreza e população em situação de rua, por exemplo.
É a primeira desde o início da série histórica, em abril de 2023, que a violência aparece isolada no topo. Naquela época, a principal preocupação dos brasileiros era a economia, que agora está em segundo lugar, empatada tecnicamente com as questões sociais.
A pesquisa Quaest foi encomendada pela Genial Investimentos e realizada entre os dias 27 e 31 de março. Foram entrevistadas 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
Tribuna da Bahia