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Crítico a Éden oficializa candidatura à presidência do PT na Bahia

Ele entra na disputa como a primeira candidatura registrada e se apresenta como uma das vozes mais críticas à atual gestão do presidente estadual do partido, Éden Valadares

 

Foto: Divulgação

 

O militante Rodrigo Pereira, de 39 anos, oficializou sua candidatura à presidência do PT na Bahia no Processo de Eleição Direta (PED). Ele entra na disputa como a primeira candidatura registrada e se apresenta como uma das vozes mais críticas à atual gestão do presidente estadual do partido, Éden Valadares.

Em entrevista ao Política Livre, divulgada ontem (3), Rodrigo Pereira criticou a atuação de Éden Valadares, afirmando que ele se comporta mais como assessor do senador Jaques Wagner (PT) do que como dirigente partidário. Vale lembrar que Éden desistiu de disputar a reeleição para o cargo.

“O partido precisa ter relação cotidiana com os sindicatos e com os movimentos sociais. É preciso devolver o partido para a militância. O atual presidente é mais assessor do senador do que presidente do partido”, declarou.

Durante o anúncio de sua candidatura, Rodrigo Pereira destacou a necessidade de fortalecer a base militante da legenda. “O conjunto da militância quer um partido com ‘P’ maiúsculo, que estimule a mobilização, a organização e a emancipação política da classe trabalhadora para combater todas as formas de opressão do sistema capitalista”, afirmou.

Para ele, a sigla deve atuar de forma independente e não estar subordinada a interesses governamentais. “Os interesses e construção do partido não podem estar refém dos interesses de governos, é preciso ter um partido enraizado no cotidiano da classe trabalhadora, organizado e mobilizado nas diversas frentes dos movimentos sociais, para que tenhamos condições de intervir junto aos poderes Executivo e Legislativo, com o objetivo de defender os direitos da classe trabalhadora”, defendeu.

Com uma trajetória no partido desde 2003, Rodrigo Pereira tem forte ligação com os movimentos sociais e sustenta que a militância deve ter participação ativa nas decisões da legenda, e não ser acionada apenas em períodos eleitorais.

Histórico

Sua atuação política inclui envolvimento no movimento estudantil e em organizações como a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) e a Central de Movimentos Populares (CMP).

Ele também esteve presente na Revolta do Buzú, em 2003, foi o primeiro secretário de Juventude do PT de Salvador e, em 2020, concorreu à Prefeitura da capital baiana.

 

 

Tribuna da Bahia