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Conab estima novo recorde na safra de grãos brasileira

Dentre os produtos cultivados no país, a soja se destaca, com a colheita da oleaginosa já alcançando 98,5% da área semeada, de acordo com a Conab

 

Foto: Divulgação/Ascom

 

De acordo com o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, publicado nesta quinta-feira (15) pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a produção de grãos no país deve bater novo recorde para a série histórica. A estimativa é que seja registrada uma alta de 35,4 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior, e deve chegar a 332,9 milhões de toneladas.

Conforme o documento, a soja se destaca com o maior crescimento, com a estimativa mostrando um volume colhido de 168,3 milhões de toneladas, seguida do milho, com 126,9 milhões de toneladas, e do arroz, com 12,1 milhões de toneladas. “Comparativamente à estimativa do mês anterior, observa-se um ganho de 0,8% ou 2,6 milhões de toneladas, com os maiores acréscimos observados no milho, 2,1 milhões de toneladas, na soja, 472 mil toneladas e no sorgo, 258,9 mil toneladas”, aponta a empresa pública brasileira.

O levantamento aponta alta de 5,7% no comparativo entre as safras 2023/2024 e a 2024/2025 de grãos, na Bahia, em termos de área produzida. Já quanto à produção, a estimativa da Conab é de aumento de 7,7%, com expectativa de alcançar a marca de 13.387,4 mil toneladas. A pesquisa indica que, neste ciclo, a produtividade baiana de grãos deve ser 1,9% superior.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também divulgou ontem um estudo, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), aponta para estimativa para a safra de grãos em 2025, na Bahia, 9,8% maior que a de 2024. A previsão é que a safra baiana de grãos chegue a 12,491 milhões de toneladas em 2025, o que confirma o cenário de um novo recorde.

Produtividade  

Dentre os produtos cultivados no país, a soja se destaca, com a colheita da oleaginosa já alcançando 98,5% da área semeada, de acordo com a Conab. Nos estados do Centro-Oeste, Sudeste, Paraná e Tocantins, os trabalhos já foram concluídos.

Em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Tocantins, as produtividades alcançadas foram recordes da série histórica da empresa pública. “Esses ótimos rendimentos foram reflexo de condições climáticas favoráveis e do alto grau de profissionalismo dos produtores”, aponta a Conab.

O clima também exerceu influência na produção do milho no país, já que as boas condições climáticas nas principais regiões produtoras vêm favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e enchimento de grãos. Para o feijão, a expectativa da Conab é que ao final das três safras da leguminosa sejam colhidas 3,2 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento interno.

Dados divulgados ontem pelo IBGE sustentam ainda a tendência de alta recorde na safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, que deve ser de 328,4 milhões de toneladas em 2025, segundo a estimativa de abril. Conforme Carlos Alfredo Guedes, gerente de agricultura do IBGE, a alta de 12,2% na produção pode ser explicada por fatores ambientais.

“Em 2024, tivemos uma série de problemas climáticos afetando as principais lavouras do Brasil. Em 2025, temos uma safra de recuperação, com o clima muito melhor para o desenvolvimento das lavouras. Os problemas observados no ano passado afetaram, principalmente, a Região Centro-Oeste, enquanto neste ano os estados da região estão atingindo altas produções, com crescimento na safra de grão de 10,3% em Mato Grosso, 18,9% em Goiás e 26,7% no Mato Grosso do Sul”, contextualiza o especialista.

Fonte: Tribuna da Bahia