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Bancada de oposição fica maior na Câmara de Salvador

A vereadora Eliete Paraguassu, do PSOL, aderiu à bancada de oposição na Câmara Municipal de Salvador

 

Foto: Reprodução

 

A Bancada de Oposição na Câmara Municipal de Salvador ganhou um novo reforço com a adesão da vereadora Eliete Paraguassu, do PSOL. O grupo, que já contava com Aladilce Souza (PCdoB), líder da bancada, Marta Rodrigues (PT), Sílvio Humberto (PSB), Davi Rios (MDB), Cláudio Bacelar e Handerson Leal (ambos do Podemos) e Felipe Santana (PSD), realizou uma reunião para definir estratégias conjuntas de atuação em 2025.

Entre as principais pautas elencadas, a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) foi destacada como prioridade. Segundo Aladilce Souza, a bancada irá promover uma grande mobilização para ouvir a população sobre o tema. “Vamos mobilizar a cidade para uma grande escuta sobre o PDDU, porque a revisão precisa ser efetiva e não de faz de conta. Não podemos aceitar mais que a especulação imobiliária transforme o perfil da nossa Orla Atlântica, criando um paredão que provoca sombra nas praias e aquece os bairros internos. É nosso papel, enquanto legisladores, redefinir os parâmetros construtivos permitidos em cada área da cidade. Precisamos enfrentar esse processo unidos e mobilizados, junto com a universidade e a sociedade organizada”, afirmou.

Atuação

Outra frente de atuação será a continuidade da luta contra o aumento da tarifa do transporte coletivo, que passou para R$4,60 no início de janeiro. A bancada pretende intensificar a cobrança junto ao Ministério Público para que a prefeitura apresente a planilha de custos da tarifa, conforme prevê a Lei Orgânica do Município. “Esse aumento foi decretado sem a devida apresentação da planilha à Câmara e ao Conselho Municipal de Transporte. Salvador agora tem a 5ª maior tarifa entre as capitais, enquanto ocupa apenas a 17ª posição em poder aquisitivo. Isso é inaceitável”, criticou Aladilce.

O aumento de 50% na Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD), conhecida como Taxa do Lixo, também foi alvo de críticas do grupo. O reajuste, que impactou diretamente os cálculos do IPTU, é questionado à luz das denúncias da Operação Overclean, que revelou um esquema de corrupção envolvendo R$ 1,4 bilhão em recursos públicos na Bahia, especialmente no setor de limpeza urbana.

Além dessas pautas, os vereadores discutiram as comissões permanentes da Câmara que pretendem compor, priorizando áreas como Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento, Planejamento Urbano, Transporte, Educação, Saúde, Cultura, Reparação, Direitos do Cidadão e Turismo.

Tribuna da Bahia