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Apoio à inclusão é tema de discussão no Dia da Síndrome de Down

A rede de apoio, como salienta a coordenadora da associação, é fundamental para que as pessoas com SD e com deficiências recebam suporte ao serem inseridas no mundo do trabalho

 

Foto: Divulgação/Ascom

 

Na próxima sexta-feira (21), quando se celebra o Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down, a Ser Down – Associação Baiana de Síndrome de Down – promove a mesa-redonda “Dia de luta em defesa de direitos da pessoa com Síndrome de Down (SD) – todos juntos apoiando a inclusão”. O evento, que é gratuito e aberto ao público, com inscrição no local e direito a certificado para os participantes, acontece na Unijorge (Avenida Paralela, em Salvador), das 9 às 12h.

O tema a ser abordado na mesa-redonda parte do tema deste ano que simboliza a campanha internacional em defesa dos direitos das pessoas com SD: “Suporte para quem precisa. Todos juntos apoiando a inclusão! Seja rede de apoio!”. O evento terá mediação de Lívia Borges, coordenadora da Ser Down, e a participação de Adelmare Santana, coordenador do Núcleo de Paradesporto da Sudesb; Álvaro Borges Neto, diretor de Relações Públicas da Ser Down; Carla Reis, pedagoga, com atuação em coordenação pedagógica e orientação escolar; Lais Guerreiro, assistente de diretoria da Ser Down; e Wilson Brito Filho, diretor técnico da Futdown.

A coordenadora da Ser Down, Lívia Borges, fala do tema da campanha deste ano. “Todos os cidadãos podem ser rede de apoio para as pessoas com Síndrome de Down e com deficiências. As políticas públicas devem garantir esse apoio em todos os espaços que essas pessoas estejam, seja na escola, na universidade ou no mercado de trabalho”, diz.

A família, continua Lívia, deve ser o primeiro ponto de apoio e de crença das possibilidades do indivíduo que possui a alteração genética causada pelo cromossomo 21. “Mas também é preciso o apoio de toda a sociedade, da comunidade, em recebê-las como elas são: crianças como crianças, adultos como adultos. E tudo isso pode se fortalecer como rede de apoio”, considera.

A rede de apoio, como salienta a coordenadora da associação, é fundamental para que as pessoas com SD e com deficiências recebam suporte ao serem inseridas no mundo do trabalho, de modo que possam se manter e se desenvolver adequadamente na sua função. “Daí a importância da metodologia do emprego apoiado, compatível com as características e necessidades de cada um”, observa.

Pedro Yuji Ferreira Kawamoto, de 26 anos, é uma das pessoas com síndrome de Down que conseguiu ser inserido no mercado de trabalho e que se sente realizado com essa conquista. Ele atua como recepcionista em um grande restaurante que fica em um shopping de Salvador, desempenhando atividades diárias por oito horas. “Cuido da fila de espera, verifico a reserva dos clientes com o uso do tablet, levo eles até a mesa”, conta o jovem, que acorda às 6h diariamente, vai à academia e segue para o trabalho.

Ainda como parte da programação do Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down, a Ser Down participa, nos dias 11 e 12 de abril, de um seminário com a equipe técnica da seleção brasileira de futsalDown. Já de 1º a 4 de maio, a instituição participa do 3° Encontro Presencial da Autodefensoria Nordeste da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, que este ano será sediado em Salvador.

 

 

 

Tribuna da Bahia