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Rui Costa: “Realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo”

Em conversa com jornalistas, após a primeira reunião ministerial do ano, Rui destacou a influência da mudança no comando do país norte-americano

 

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a expectativa do governo é de uma redução do dólar após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retornou à Casa Branca no mesmo dia. Em conversa com jornalistas, após a primeira reunião ministerial do ano, Rui destacou a influência da mudança no comando do país norte-americano e os números positivos da economia brasileira como fatores que podem ajudar a desvalorizar a moeda.

“O que a realidade vai mostrando é que o dólar vai caindo. Infelizmente ele não cai na mesma velocidade que ele subiu, mas eu acredito que, com o passar dos dias da posse do novo presidente dos Estados Unidos e os números robustos da economia brasileira, o dólar vai voltar a um patamar que tenha reflexo na vida real da economia”, declarou.

A reunião ministerial, que durou sete horas, também abordou a situação do mercado cambial. Atualmente, o dólar comercial está cotado a R$ 6,04, registrando queda de 0,40% nesta segunda-feira. A movimentação foi impulsionada pela posse de Trump e por dois leilões realizados pelo Banco Central, no valor de US$ 1 bilhão cada, com compromisso de recompra futura. Os leilões ocorreram entre 10h20 e 10h45, com valor unitário de R$ 6,06, e têm liquidação prevista para o dia 22 de janeiro.

O chefe da Casa Civil reforçou que o patamar atual da moeda norte-americana não reflete os fundamentos da economia brasileira. Segundo ele, o governo está empenhado em manter o equilíbrio fiscal, que considera essencial para a estabilização econômica. “Então, não terá anúncio antecipado, não tem estudo em andamento, mas eu quero reafirmar: tudo que precisar ser feito para cumprir o equilíbrio fiscal será feito. A qualquer tempo, a qualquer mês que se mostre necessário, as medidas podem ser aperfeiçoadas”, afirmou.

Rui Costa também relembrou que, em julho de 2024, o governo contingenciou R$ 11,2 bilhões e bloqueou R$ 3,8 bilhões do orçamento para atender às exigências do novo marco fiscal, que está em vigor desde o ano passado. O ministro ressaltou que a administração federal continuará monitorando o cenário econômico para assegurar o cumprimento das metas fiscais e estimular a confiança dos mercados.

 

 

Tribuna da Bahia