Reposição hormonal pode proteger o útero contra o câncer do endométrio

O câncer do endométrio tem sua origem na camada interna do útero, conhecida como endométrio, local onde o embrião se desenvolve durante a gravidez. Existem dois tipos desse carcinoma. O endometrióide acomete 80% da população feminina e está relacionado a um desequilíbrio hormonal do estrogênio e da progesterona – responsáveis pela manutenção do sistema reprodutor da mulher – e surge a partir de lesões precursoras – aquelas que antecedem o aparecimento da doença -, conhecida como hiperplasia complexa com atipia. 

Já a espécie não endometrióide não possui associação com esses hormônios e não se manifesta antes do surgimento do tumor. De acordo com o ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, Dr. Alessandro Scapinelli, este último é mais agressivo e está relacionado a uma maior mortalidade. No entanto, há uma redução de 40% no risco do câncer endometrial nas mulheres que são usuárias assíduas de pílulas contraceptivas. “Mas, independente da via de administração hormonal, o importante é que o endométrio permaneça constantemente fino, prevalecendo o efeito local do derivado da progesterona”, declara o especialista.

Esse resultado pode ser alcançado através de diversas vias de reposição do hormônio: implantes, adesivos, anel vaginal e DIU hormonal. Conforme o ginecologista, essa proteção pode persistir por décadas após a interrupção desses métodos. O primeiro alerta para este tipo de câncer são os sangramentos uterinos anormais, principalmente se houver fatores de risco presentes, tais como: obesidade, diabetes, aumento de triglicérides e circunferência abdominal, hipertensão arterial, uso do tamoxifeno (por mais de 5 anos) e qualquer situação onde exista no organismo um excesso do estradiol em detrimento à progesterona, especialmente nas mulheres que estejam fazendo tratamento hormonal. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tribuna da Bahia

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