Presidente do Vitória ataca Arena Fonte Nova: “Construtoras mais corruptas do país”

 

 

O presidente do Vitória, Paulo Carneiro, mais uma vez utilizou as redes sociais para tratar das negociações para mandar jogos na Arena Fonte Nova. Após o consórcio emitir nota e afirmar que o clube baiano não havia aceitado as mesmas condições impostas ao Bahia, motivo pelo qual as tratativas se arrastam desde abril, o dirigente rubro-negro fez uma postagem para atacar a administração do estádio.

Como já havia feito anteriormente, Paulo Carneiro insinuou que o consórcio privilegia o Bahia. Ele disse que aguarda pela intermediação do Governo do Estado para chegar a uma resolução e lembrou que a Arena é administrada por OAS e Odebrecht, empresas que estiveram na mira das investigações da Operação Lava Jato.

“Peçam a um advogado para interpretar, mas vejam detalhes do grande golpe perpetrado pelo consórcio formado pelas construtoras mais corruptas do país e em recuperação judicial. Continuamos confiando na rápida intervenção do governo que amarga grande prejuízo financiando a operação. Querem entregar um equipamento histórico construído pelo povo baiano e inaugurado por Otávio Mangabeira a um clube de futebol. Um golpe montado em 2013 e que em 2019 chega ao seu final com a criação de um aditivo espúrio”escreveu Paulo Carneiro.

Paulo Carneiro reivindica que a Fonte Nova ofereça ao Vitória um contrato igual ao que o Bahia tinha na temporada passada. A discordância ocorre pela existência de um aditivo contratual fixado no início deste ano. O consórcio apresentou ao Rubro-Negro um vínculo com as mesmas condições do atual acordo que possui com o Tricolor, e não com as cláusulas de 2018.

A diretoria do Vitória tenta um acordo pelo qual o clube tenha, durante um período, as mesmas condições que o Bahia tinha no ano passado. Após alguns meses, as regras do aditivo assinado no início deste ano também seriam válidas ao Rubro-Negro.

Ainda em campanha, Paulo Carneiro afirmou que tinha interesse de mandar jogos na Arena Fonte Nova. A crise econômica é um dos principais motivos que justificam o esforço para mudar de casa. Em dificuldades financeiras, a atual administração rubro-negra avalia que atuar na Arena seria mais rentável e reduziria os custos de manutenção com o Barradão.

Recentemente, as cobranças por uma posição do consórcio se tornaram frequentes por parte da direção rubro-negra. No início do mês, Paulo Carneiro adotou um tom mais duro ao tratar das negociações. Em uma postagem nas redes sociais, ele acusou consórcio e Governo do Estado de privilegiarem o Bahia, que manda partidas na Fonte Nova desde 2013.

Na mesma época, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, negou qualquer privilégio e demonstrou interesse em um possível acordo entre Vitória e Arena, o que poderia, segundo o dirigente, auxiliar o Tricolor a ter melhores condições contratuais, caso o Rubro-Negro assinasse um contrato mais vantajoso. A declaração de Bellintani foi apoiada no princípio de isonomia, que obriga a Fonte Nova a tratar os dois clubes de forma igual.

 

 

 

Veja abaixo o documento divulgado pelo presidente do Vitória em suas redes sociais

 — Foto: Reprodução

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Tribuna da Bahia

 

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