O ano ainda não acabou, mas a ausência de Claudinei Oliveira já é certa no Avaí para 2018. Enquanto o time aposta as últimas fichas na permanência na elite do Brasileirão, o presidente se mobiliza para acertar com um substituto do treinador. O preferido é Geninho, experiente técnico que conquistou o acesso à elite em 2014 na Ressacada, e que está sem clube desde a saída do ABC, onde permaneceu por um ano e meio, conquistou acesso à Série B e dois títulos estaduais.
As conversas avançaram. Tanto que uma outra equipe catarinense, o Criciúma, chegou a fazer uma consulta com o treinador, mas este expos as tratativas com o Leão da Ilha. Um possível acordo é levado com cautela ainda, muito por conta da briga do time contra o rebaixamento, mas também pelas exigências de Geninho e pelas eleições no clube no dia 9 de dezembro. Battistotti busca a releição e enfrenta uma chapa de oposição com Alexandre Lapagesse, candidato à presidência, e Rica Câmara, ao cargo de vice.
A vontade de Geninho é de assumir apenas em janeiro. Ele tem viagem marcada, e paga, para o exterior com a família em dezembro, e o início do trabalho apenas em 2018 é uma das exigências. Em entrevista para Rodrigo Faraco, da NSC TV e CBN/Diário, o treinador não descartou o retorno. Falou sobre duas conversas com o presidente Battistotti, mas deixou claro que só avança em qualquer tipo de negociação ao fim do Brasileirão por respeito ao amigo Claudinei Oliveira e por entender que muita coisa pode mudar em caso de permanência do clube na Série A.
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Geninho, no ABC, último trabalho do treinador (Foto: Frankie Marcone/ABC)
Histórico no Leão
Geninho assumiu o Avaí no dia 5 de junho de 2014, quando Leão da Ilha não vivia boa fase na Série B, e os sonhos do acesso pareciam distantes, mas ele conseguiu emplacar 12 vitórias seguidas na Série B e se consolidou como um postulante ao acesso. Resgatou a confiança do time mesmo com o problema dos salários atrasados, recorrentes à época. No dia 29 de novembro, o improvável. Além de vencer o Vasco, na Ressacada, Atlético-GO e Boa Esporte tropeçaram. Na festa do acesso, Geninho foi ovacionado pela torcida.
Ao final da temporada 2014, Geninho colocou uma condição para a permanência: ter uns dias a mais de férias. Enquanto o grupo se reapresentou no começo janeiro, o comandante chegou apenas no fim do mês. A decisão foi questionada internamente pelo grupo, e a montagem do elenco foi acompanhada pelo treinador a distância.
Nove meses depois da contratação, antes mesmo de sentir o gostinho de comandar o Avaí na elite do futebol nacional, o comandante deixou o cargo – durante a disputa do estadual. O baixo aproveitamento, 30% em 2015 e 39% ao todo, pesou para a saída do treinador ainda no Catarinense daquele ano.
* Rodrigo Faraco é comentarista da CBN/Diário e NSC TV
Geninho foi um dos mais bajulados na festa de comemoração pelo acesso, no Koxixos, em 2014 (Foto: Diego Madruga)
Globo Esporte