Empresário baiano é preso em operação que investiga sonegação de impostos

 

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, nesta quarta-feira (5), resultou na prisão de três pessoas. A ação tem como objetivo combater uma quadrilha envolvida com sonegação fiscal e partiu de Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte do estado. Um empresário da Bahia, que estava em um hotel do em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, foi preso.

As prisões ocorreram após mandados de prisão expedidos pela única Vara da Comarca de Glória do Goitá. Dois empresários de distribuição de combustível e outro de transporte foram presos, segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Amaral. O delegado explica que, ao longo dos quatro meses de investigação, a estimativa de sonegação de impostos chega a R$ 16 milhões.

“As distribuidoras não existiam de fato. Então, entre a usina que produziu o etanol e os postos de combustíveis deveria haver o distribuidor, que recolheria esse ICMS para o estado. Isso não existia, então ia direto da usina para as bombas que iam para os veículos e, com isso, havia a sonegação fiscal”, detalha.

Em Chã de Alegria, a polícia constatou que existe um empreendimento que parece ser uma distribuidora, com existência de tanques de combustível. Entretanto, há dois anos nada é abastecido ali, segundo Amaral. “Nós checamos, funciona apenas como fachada”, garante o delegado.

O nome da operação, Octanagem, faz referência ao índice de resistência de combustíveis utilizados em motores. A investigação começou, em agosto, após um alerta da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

Empresário investigado na Bahia

O chefe da Polícia Civil pernambucano aponta, ainda, que o empresário baiano preso nesta quarta-feira já foi alvo, anteriormente, de operação na Bahia em 2013. “Ele foi preso e conseguiu relaxamento de prisão. Lá, a sonegação foi de R$ 300 milhões”, diz Amaral, acrescentando que mandado de busca e apreensão foi cumprido também em Salvador.

O grupo atuava desde 2017 e, a partir dos documentos obtidos, os investigadores vão apurar a possibilidade do prejuízo aos cofres públicos ser maior. “Vamos verificar se há envolvimento de mais pessoas nessa associação criminosa. Seriam, possivelmente, pessoas que transitam entre as usinas e postos de combustíveis”, adianta.

O empresário baiano foi citado pelo Ministério Público de Pernambuco, em 2016, como sócio de outro homem, preso suspeito de sonegar quase R$ 500 milhões em impostos.

 

 

 

 

G1

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