NOTA DE ESCLARECIMENTO:
Em relação à reportagem “Ministério da Saúde cobra esclarecimento de empresa que liberou mosquitos transgênicos em Jacobina” (abaixo citada), de 19 de setembro de 2019, gostaríamos de ter a oportunidade de esclarecer alguns fatos:
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O estudo de Jacobina, em 2013, teve como objetivo gerar dados sobre a segurança e a eficácia do OX513A e obter dados para a aprovação comercial junto à CTNBio. O foco não era o controle populacional dos mosquitos selvagens.
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Mesmo assim, o projeto conduzido na cidade brasileira de Jacobina-BA, em 2013, foi bem-sucedido. Mosquitos OX513A foram liberados durante 117 semanas e resultaram na supressão contínua das populações de Aedes aegypti nas áreas tratadas, totalizando uma redução de 94% na população de mosquitos, durante o experimento.
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Como previsto, os resultados demonstram que a técnica requer uma liberação contínua nas áreas tratadas. A linhagem OX513 desaparece do ambiente algumas semanas após a interrupção das liberações. Funciona como um inseticida, mas com um processo biológico: enquanto você aplica, vê o efeito. Se parar de usar, os mosquitos voltam. Além disso, o efeito de supressão populacional não é imediato: é preciso liberar continuamente por aproximadamente um ano para que se possa começar a controlar a população.
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Os resultados apresentados em Jacobina foram exatamente os esperados. Essa informação estava presente no dossiê regulatório apresentado pela Oxitec e aprovado pela CTNBio, em 2014:
“A penetrância do fenótipo letal do transgene foi avaliada em híbridos F1 entre machos homozigotos OX513A e fêmeas de Cayman. Os ovos de cruzamentos de machos homozigotos OX513A com fêmeas do tipo selvagem de Cayman, e de OX513A autocruzados (cruzamentos de controle) foram criados na presença e na ausência de tetraciclina e o número de adultos resultantes avaliado. Na ausência de tetraciclina, foi observada mortalidade de 96,5% (IC 95% = 95,1 – 97,6%) de heterozigotos (n = 913)…” – ou seja – já se sabia que existiria cerca de 5% de sobrevivência. A CTNBio julgou seguro esse índice, já que os 5% não causam nenhum efeito adverso e desaparecem do ambiente em algumas semanas.
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O grupo editorial Nature emitiu, no dia 17 de setembro de 2019, um aviso de isenção relacionado ao artigo citado na reportagem, afirmando que os editores estão revendo o artigo. Isso foi feito à luz das preocupações levantadas sobre integridade científica, da não divulgação de potenciais conflitos de interesse e de declarações prejudiciais e enganosas contrárias às evidências.
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Os mosquitos transgênicos não criam mosquitos mais resistentes – é exatamente o contrário: o próprio artigo da Scientific Reports, assim como outros publicados à época, mostraram que a linhagem OX513 desaparece do ambiente algumas semanas após a interrupção das liberações, como esperado.
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Foram 14 anos de pesquisas antes do ensaio de campo em Jacobina. No local, foram 36 semanas de estudos antes da liberação dos mosquitos. Sendo assim, é um equívoco afirmar que a liberação foi precipitada – principalmente se a afirmação vier de concorrentes, com interesses comerciais contra o estudo.
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Mais informações em https://www.oxitec.com/our-technology.
Esperamos ter esclarecido todas as dúvidas referente ao estudo e nos colocamos à disposição para mais informações sobre o nosso produto, por meio de nossa assessoria de imprensa no Brasil, nos contatos abaixo.
Atenciosamente,
Oxitec
REPORTAGEM ORIGINAL: http://pontodevista.net.br/ministerio-da-saude-cobra-esclarecimento-de-empresa-que-liberou-mosquitos-transgenicos-em-jacobina/